quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Mancha solar explode e tempestade deve chegar à Terra no sábado

Mancha solar explode e tempestade deve chegar à Terra no sábado

Um intenso flare solar acompanhado de grande ejeção de massa coronal ocorrido na noite de terça-feira deverá atingir a Terra nas primeiras horas de sábado e produzir distúrbios geomagnéticos significativos. A emissão é uma das mais fortes já registradas neste ano.

Previsão de chegada da tempestade solar

A erupção ocorreu na mancha solar AR1875, uma região ativa de configuração magnética beta-gamma-delta altamente instável e que já estava sendo monitorada de perto pelos físicos espaciais devido ao tamanho e possibilidade de explosão.

A erupção foi bastante intensa e chegou a atingir a magnitude M4.2 na escala de fluxo de raios-x monitorado pelo satélite GOES-15, um dos maiores valores já observados este ano.


Como a mancha solar está totalmente voltada para a Terra, grande parte das partículas ejetadas do Sol deverá atingir nosso planeta. Os modelos de previsão mostram que a frente de choque atingirá a magnetosfera da Terra por volta das 2 horas da manhã de sábado e poderá provocar tormentas geomagnéticas significativas que poderão fazer o índice KP atingir o nível 6 ou 7.


Esse índice é uma estimativa da instabilidade da ionosfera e valores superiores a 6 são considerados preocupantes. Há possibilidade de interferências e danos em equipamentos e redes elétricas de distribuição localizadas em latitudes elevadas podem sofrer alertas de variação de tensão. Se prolongadas, tormentas geomagnéticas dessa intensidade podem induzir correntes de centenas de amperes em linhas de transmissão e danificar transformadores.

Artes: No topo, modelo mostra o momento em que a Terra estará praticamente mergulhada dentro da esteira de partículas carregadas ejetadas pelo Sol. Na cena, nosso planeta é a pequena bolinha amarela. Na sequencia, vídeo mostra a evolução das partículas desde o momento da ejeção. Acima, imagem do tsunami solar como registrado pelo radioastrônomo Thomas Ashcraft no comprimento de onda de 656.28 nanômetros. Créditos: NOAA/SWPC, Thomas Ashcraft , Apolo11.com.

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